Aos 18, ela virou atriz pornô. Aos 21, aposentou-se da "indústria" como um mito. Agora, aos 25, lança seu primeiro romance. Ela é Sasha Grey, nome artístico de Marina Ann Hantzis. De Los Angeles, onde vive, falou à Serafina sobre "Juliette Society" (Editora Leya, 236 págs.), seu primeiro livro de ficção.
A grande virada de sua vida profissional começou ainda em 2009, quando o diretor Steven Soderbergh a escolheu para protagonizar "Confissões de uma Garota de Programa". Em seguida, fez papéis menores em filmes e séries de televisão, além de um livro autobiográfico de fotos.
O lançamento do suspense erótico traz a autora a São Paulo e ao Rio de Janeiro em agosto. O livro descreve a tal "Juliette Society", uma organização ultrassecreta na qual poderosos se reúnem para fazer grandes orgias.
Na trama, a protagonista, Catherine, tem que decidir se segue fiel ao marido ou cede à tentação de traí-lo com um professor misterioso. E se vê em perigo quando uma amiga desaparece em um episódio de sexo violento.
Se não revoluciona a literatura, o livro também não chega a decepcionar. É notável o esforço por um argumento que vá além de sua experiência pessoal e ele tem encontrado leitores entusiasmados. "Fico surpresa que tanta gente tenha gostado, estou acostumada a apanhar", ela diz.
E está mesmo, desde a estreia nos filmes adultos. Semanas depois de completar 18 anos, a garota nascida e criada em North Highlands, cidade de 50 mil habitantes ao norte da Califórnia, ganhou uma ponta em uma cena de sexo grupal que incluía o ator Rocco Siffredi, uma lenda do pornô. No meio da transa, Sasha pediu ao italiano um soco no estômago.
A atriz, que virou um dos nomes mais conhecidos do cinema adulto, diz que o começo foi duro: "Eu era rejeitada por não ter seios cinematográficos". A reputação de topa-tudo, porém, abriu portas. Ganhou dinheiro, fama e prêmios, entre eles, três AVN, considerado o Oscar do pornô.
Também colecionou críticas, principalmente de feministas, que a veem como uma agente de propaganda da exploração feminina e da violência sexual. Nos filmes de Sasha, que desde 2008 cuida da própria carreira, predominava a satisfação do homem. De muitos deles. Hoje em dia, além de escritora, Sasha é ativista pelos direitos dos gays e das mulheres e diz que sua prioridade é "lutar pela educação infantil".
Fonte: Com informações da Folha

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